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Cordel - Bela Saudade

  • Foto do escritor: Renato Cardoso
    Renato Cardoso
  • 30 de jan. de 2018
  • 1 min de leitura


Apagam-se aflitas luzes,

que abrem oportunidade.

E o que devemos agora?

Saber conter a saudade,

do que ficou na memória,

restando a imortalidade.


Então, viva sempre bem,

crendo que Deus tudo sabe.

Espere misericórdia,

e somente não desabe.

Por fim, quem Nele acredita

não permite que se acabe.


O feito de amar ressoa

pela eternidade a fora.

As lembranças continuam

toda vez que se eleva e ora.

Das mais belas as mais tristes,

Até quando se enamora.


Permita-se imenso pranto.

Pode não solucionar,

porém o deixará leve.

O pranto é o abençoar,

é ato de tocar feridas

e o coração sublimar.


Permita o singelo riso,

das coisas vividas juntas.

As boas recordações

respondem todas perguntas,

do porque até para quê

façanhas, de amor, conjuntas.


Não permita-se o rancor.

Isso é desacreditar,

é jogar fora prima obra,

que nasceu do verbo amar.

É dizer que não valeu

contigo o tempo passar.


Permita-se o doce amar,

ame-se acima de tudo.

Ame as flores, natureza,

faça disto grande escudo.

Amar é o mais adequado

contra todos sobretudo.


Viva, adore, tenha fé.

Veja nosso grande exemplo,

que por nos amar demais

fez da casa do Pai, templo,

sem jamais a fé perder

é por isso que o contemplo.


Tenha saudade, não pare.

Saudade doce remédio

que a alma necessita ter.

Ela vem por intermédio

de Deus para nos mostrar

a vida e tirar o tédio.


Sempre que a angústia chegar,

trate-a com cordialidade.

Ela não é inimiga,

só te pede sobriedade

pra encarar o que lhe chega

use a honesta caridade.


Seja brando, corajoso.

Tu não és qualquer pessoa,

És escolhido, renasça.

Triunfe, faça o que ressoa,

devaneie, seja grato,

que na eternidade ecoa.


Por fim, não sinta tristeza,

não fuja da realidade.

Encare a vida, console-se.

Comungue a fraternidade.

Viva a vida, surpreenda-se,

e a verás na eternidade.

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